Visão de Mercado e o Fracasso do Model 120
A história do King Air começa em 1961, quando a Beechcraft identificou uma lacuna no mercado da aviação executiva entre os aviões a pistão e os jatos puros. A empresa decidiu iniciar o desenvolvimento de uma aeronave com motor turboélice que pudesse atender essa demanda, e o projeto inicial recebeu o nome de “Model 120”. Foram elaborados muitos protótipos, no entanto, conforme relatado no livro “Beechcraft: 50 Anos de Excelência”, o projeto foi abandonado pouco depois, pois a companhia concluiu que os investimentos e o tempo necessários tornavam a iniciativa inviável.

Queen Air 80 + P&W PT6A-6 = Queen Air 87 (NU-8F)
Em 1963, uma nova oportunidade surgiu quando as Forças Armadas dos Estados Unidos solicitaram uma modificação de aeronave. A Beechcraft então adaptou o Queen Air 80, um modelo já consolidado, porém não pressurisado, substituindo seus motores a pistão Lycoming de 380 hp por dois motores turboélices recém-desenvolvidos pela Pratt & Whitney, os PT6A-6, com 500 shp. Essa versão modificada foi batizada de Queen Air 87, mas recebeu a designação militar de NU-8F. Por não ser pressurizado, o avião mantinha as janelas quadradas características dos Queen Airs originais.

Queen Air 88 + P&W PT6A-6 = King Air 65-90
O sucesso dos motores turboélice no NU-8F foi tão significativo que a Beechcraft decidiu aplicar o mesmo conceito ao Queen Air 88, um modelo já pressurizado e com janelas arredondadas. Essa combinação resultou na base para o que viria a ser o King Air, dando início ao desenvolvimento da aeronave executiva turboélice mais bem-sucedida da história.

KING AIR 65-90 – FICHA TÉCNICA
Capacidade | 1 + 9 |
Motores | 2 X Pratt and Whitney PT6A-6 |
Potência | 2 X 550 HP |
Consumo médio | 256,6 litros por hora |
Peso vazio | 2.575 kg |
Peso máximo de decolagem | 4.218 kg |
Alcance máximo | 2.352,04 km |
Velocidade máxima | 448 km/h |
Envergadura | 13,98 m |
Comprimento | 10,8 m |